sábado, 27 de novembro de 2010

MÁXIMAS OU AFORISMOS SOBRE O AMOR

(Klimt)



2

É possível que ao findar o dia possamos olhar para nós mesmos e percebermos que realizamos o ato primordial pelo qual nos tornamos humanos: Amar. Mas se somos humanos quando amamos, o que somos quando odiamos?

3

Amamos pouco quando satisfazemos nossos desejos, pois o amor não reside na posse e sim no desprendimento.

4

Amamos quando outorgamos ao outro o direito de ser si mesmo; portanto, de não ser apropriado.

5

Todo objeto de desejo é uma reclusão ao amor.

21

Para todas as formas de amor há sempre uma maneira de se compartilhar a solidão.

49

Nunca amamos o suficiente quando amamos o que desejamos.

54

No amor elevamos e rebaixamos o que desejamos.

61

Não saberemos do amor sua verdade. Somente sua condição.

63

Porque amamos também odiamos.

64

Amor e ódio: sentimentos recíprocos?

66

Nunca amamos o suficiente para não precisarmos odiar.


101

A fronteira entre o amor e o ódio é sempre dúbia.

120

As ocasiões para o amor são sempre repentinas. O que explica a inconstância dos relacionamentos.


140

No amor raramente perdoamos o sentimento de vingança.

142

Também destruímos ao amar.

144

Nem mesmo no amor prescindimos da solidão.

146

Há múltiplas formas de amor, mas só um desejo.

151

Amor: raro enleio em meio ao incerto jogo das representações.

155

Não somos culpados por amar e sim por sermos amados.

165

A fidelidade de um homem não se vincula ao seu amor e sim ao seu caráter.

182

No amor pagamos tributo de nossos defeitos assim como de nossos melhores intentos.

202

No amor ou no ódio cedemos aos erros mais primários.


Hilton Valeriano

Obs. Aforismos de minha autoria protegidos por direitos autorais.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ENTREVISTA COM O ESCRITOR PAULO CAMELO, GRANDE SONETISTA E MEMBRO DA SOBRAMES-PE




1- (Rommel Werneck)
Paulo Camelo, para início de conversa, diga-nos sua formação acadêmica, atuação profissional e de que lugar do Brasil você é.


R: Sou médico, formado em 1971 pela Universidade Federal de Pernambuco. Fiz Mestrado em Microbiologia e Imunologia na Escola Paulista de Medicina e, depois, Especialização em Administração de Serviços de Saúde (UFPE/INAD).
Trabalhei inicialmente como datilógrafo no laboratório de análises de meu irmão (também médico). Depois, iniciei minha carreira pública, meio sem contrato, meio sem nada, mas que foi averbado e oficializado em 1965, como auxiliar de laboratório. (Eu ainda não prestara exame vestibular.) Após minha formatura, houve a contratação como médico. E assim fiquei até a aposentadoria, em 1997. Eu não queria parar, mas já tinha tempo de serviço. Recebi uma intimação irrecusável para ser recontratado (terceirizado), e continuei, dessa vez como Consultor em Faturamento Hospitalar. Fiquei nesse cargo até o mês passado. Agora estou aposentado e demitido. Ainda aguardando volta (sei lá!) prometida.
Nesse ínterim, aprendi a trabalhar em gráfica com editoração (naquele tempo chamava-se composição, diagramação, arte final...) e em informática, fazendo programas em Clipper, coisa que me ajudou bastante em minhas atuações no serviço público e fora dele.
Sou pernambucano, do Recife.


2 – (Ronaldo Rhusso)
Pode parecer irrelevante, pois nordestino já nasce poeta, porém quando percebeste que tinhas o dom?


R: Fiz meu primeiro poema (uma paródia) em 1966, quando o Brasil perdeu para Portugal na Copa do Mundo.
Em 1967, ainda na paquera com aquela que seria (e é) minha mulher, fiz meu primeiro poema de verdade, em redondilha, em estrofes de 5 versos (eu já iniciei inovando), mas ainda com um ritmo imperfeito. Continuei a fazer alguns poemas esparsos e a os esconder. Só os mostrava a quem eu achava que podia ver sem "gozar com a minha cara". Até que um dia uma interlocutora minha, sem conhecer uma única letra de minha autoria, disse-me:"Paulo, tu és um poeta!". E eu retruquei: "Como sabias?". A partir daquele momento, abriu-se-me a consciência, embora a timidez (sim, eu sou tímido!) me tenha deixado preso por algum tempo ainda.

3- (Joseph Shafan)
Tenho o conhecimento de todo o seu esforço em auxiliar (e muito) a constituição da wikipedia em língua portuguesa, pelo que os usuários em língua portuguesa da web têm muito o que agradecer. Pergunto então, há quanto tempo você se envolve nesse grandioso trabalho de contribuição e o que você poderia nos contar a respeito da sua relação com a Internet?



R: É nisso que dá eu ter que utilizar meu pseudônimo para entrar aqui, porque o nome não entrava! Lá eu sou Polemaco.
Tomei conhecimento da Wikipedia por acaso, e vi que poderia editar os artigos. Fiz algumas pequenas edições ainda como anônimo, e depois me registrei (como Paulo Camelo). Era março de 2007.

Por conta de discussões e discussões sobre direitos de editores de aparecer como figurantes na Wikipedia (não preciso de dizer aqui que sou escritor, com livros publicados, membro de uma entidade que congrega medicos escritores, de cuja diretoria já participei), abdiquei, ali, de usar meu nome, e apresentei um pseudônimo (parte dele) que me proporcionou meu primeiro prêmio literário: Polêmaco. O pseudônimo é Polêmaco Lua (depois eu deixei de usar o circunflexo). É anagrama de Paulo Camelo. Com este pseudônimo já angariei outros prêmios, até que, em 2010, o apresentador da premiação do Congresso da Sobrames citou o pseudônimo e o nome, ao anunciar o premiado em trovas. Senti ali que teria que formar outro pseudônimo para esses momentos. Mas não deixo o Polemaco.

Há pouco tempo descobri que Polemaco era um dos discípulos de Sócrates. Mas não sei nada sobre ele.

Voltando à Wikipedia: Ali eu desenvolvo um trabalho de formiguinha para divulgação de nomes de nossa literatura (outros também, quando posso, estou divulgando), da minha terra, entro por outros temas de que tenho conhecimento suficiente para contribuir. E, quando não tenho tal conhecimento e sinto que preciso de editar, caio em campo, vou estudar o assunto, coletar dados, e faço novo verbete. Já criei perto de 200 verbetes. E editei muitos mais. Milhares. Desde contribuições grandes até pequenas correções de digitação e gramática. E espero continuar contribuindo, no que posso, com a Wikipedia.

Tem também a parte de fotografias. Eu tenho várias fotos minhas em utilização na Wikimedia, mas aí estou usando meu nome. Até porque a autoria das fotos é minha e assim tem que aparecer.

4 – (Ronaldo Rhusso)
Fale um pouco acerca da Sobrames, inclusive acerca da época em que
se deu a sua filiação, bem como a organização atual, em especial no
estado de Pernambuco.


R: Sobrames - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - é uma entidade sem fins lucrativos voltada para a literatura (e para outras artes) praticada por médicos. Eu entrei em março de 1988 e ali permeneci, na regional pernambucana. Nela já participei como membro de algumas diretorias, como tesoureiro, secretário, vice-presidente, presidente, e agora sou secretário novamente. A regional de Pernambuco é uma das regionais mais atuantes, com cerca mais de 70 associados (este número varia sempre e não sei decorado). Edita o Boletim Sobrames, de periodicidade mensal, e a Revista Oficina de Letras, de periodicidade variável, procurando ser semestral mas mantendo ao menos um número anual.

5 – (Ronaldo Rhusso)
Comente as suas Obras publicadas e mencione a que lhe deu maior
prazer em publicar? E por que?


R: Em literatura, eu tenho 15 obras publicadas. Alguns livros maiores, outros pequenos, porém cada um com sua peculiaridade, cada um com sua importância. Desses 15, dois foram publicados em co-autoria: um com lisieux (que conheci na internet) e outro com os poetas Carlos Severiano Cavalcanti e Rosa Lia Dinelli. Dos 15, 2 são de literatura de cordel, um é de arte poética (didático), um é de contos e um é dicionário. Os outros são de poemas.
São eles: Antes da aurora - poemas; Contrastes - coroa de sonetos; E eu só queria votar... - martelo agalopado ou gabinete; Eu amantge louco; Coroas de uma coroa; Coroa de sonetos da Via Sacra; Coroas de sonetos a quatro mãos; Pequeno glossário etimológico médico; Glosas, sonetos e outros poemas; O ritmo no poema; Sopotocas; A história do gringo e do vendedor de bode; Tresafio; Inibido canto; Trovas.

6 - (Ronaldo Rhusso)
Ainda existe a crença (e parece que isso é um fato) de que Poesia
não vende. Concorda? Qual a sua opinião a respeito?


R: Realmente, poesia não vende. Não da forma como são vendidos outros livros. A literatura de ficção não é muito vendida, como um todo. O leitor gosta mais de livros de autoajuda. Fora esses, só os de autores já consagrados e os que são propagandeados pela mídia.

7 – (Ronaldo Rhusso)
Quais suas principais influências na hora de escrever?


R: Não sei. Vai depender da influência. Pode haver um desafio (e eu adoro desafios, muitos dizem isso), uma frase pinçada em um texto de terceiro, um sentimento reacendido ou trabalhado na mente para aparecer, ou outras influências. Nenhum poeta famoso exerceu sobre mim nenhuma influência (pelo menos conscientemente). Mas eu gosto do estilo de Vinicius de Moraes, um pouco do de Caetano Veloso, algo de Augusto dos Anjos, Chico Buarque e não muito mais que isso. Nada dos antigos, nada dos famosos: João Cabral, Drummond, Fernando Pessoa, Castro Alves, etc.

8 – (Ronaldo Rhusso)
O que, em sua opinião, as Editoras esperam do escritor e o que lhe
parece mais atrativo ao público (generalizando) no tocante à
Literatura em geral no sentido comercial?


R: As editoras esperam uma boa venda de uma boa tiragem. Só. Se o livro é de poema ou uma história de um passeio, se é autoajuda ou um diário, vai depender da aceitação do público. Um segmento que tem sido bem explorado é o de literatura infantil.

9 – (Ronaldo Rhusso)
Transita em alguma outra arte? Em caso afirmativo, qual?


R: Não na mesma intensidade quanto na literatura. Mas eu gosto de fotografia. Fotografia da natureza, em especial. Já fiz duas exposições de fotos de flores. Fui um dos poucos brasileiros (algumas centenas apenas) a fotografar o cometa Halley em 1986.

Já arrisquei alguma coisa na música, mas sou muito fraco.

10 – (Ronaldo Rhusso)
Qual o seu próximo projeto?


R: Tenho um projeto antigo, porém distante de ser alcançado: escrever um romance.


11 – (Ronaldo Rhusso)
O que pensa a respeito desses textos de catorze versos
desprovidos de cuidados com a métrica e que as pessoas insistem em
chamar de soneto livre? Há mesmo o Soneto livre?


R: Soneto é a forma mais bela de poema. Pena que algumas pessoas não entendam isso e queiram deformá-lo. Pena que a vontade de ser sonetista, para alguns, seja tão grande (talvez dê status), mas eles esquecem de estudar, de praticar, e acham que sabem mais dos que o mundo todo. É certo que o soneto, como quase tudo neste mundo, sofreu evolução, abriu um pouco sua hermeticidade, sua rigidez de formação, mas tal evolução não o descaracterizou. Melhor: deu-lhe mais atração. No entanto, o que vejo, muitas vezes, é alguma coisa com 14 versos querendo ser um soneto. O mesmo vejo com a trova. Essas duas formas são mais visadas pelos aprendizes. Ninguém (ou quase ninguém) inventa de fazer uma sextina sem regras, ou outras formas fixas menos conhecidas. Mas acham bonito dizer que escreveram um soneto. Vi, até, quem tenha feito uma imitação de poema com a denominação de soneto.

12 – (Ronaldo Rhusso)
Algum conselho para quem deseja se arriscar a se envolver com a
Arte poética?


R: Poesia é sentimento. O resto é momento. O sentimento se mostra de várias formas. Até - sei eu - de forma não poética. Mas a demonstração da poesia tem que ser apresentada com rigor de detalhes. Diz-se bem que um poema exige 10% de inspiração e 90% de transpiração. Este é o conselho que deixo a quem quer escrever poemas: pratique, estude, leia, ouça os que já estão em patamar mais alto, entenda as razões de ser de cada característica (ritmo, musicalidade, poesia), e não desista com os primeiros tropeços. Apenas aceite-os e não ache que já sabe demais para desprezar as críticas e os ensinamentos.

Em tempo:

13- (Rommel Werneck)
Camelo, você poderia listar seus livros aqui acompanhados por ano?


R:

1 - Antes da aurora. Recife:Nova Era, 1987.
2 - Contrastes - coroa de sonetos. Recife: Barreto, 1992.
3 - E eu só queria votar... - Martelo agalopado ou gabinete. Recife: Fundarpe, 1994. (Prêmio Lourival Batista de Literatura de cordel, do Concurso Literário Estado de Pernambuco, 1992.) (ISBN 85-7240-012-5)
4 - Eu amante louco. Recife: Barreto, 1995.
5 - Coroas de uma coroa. Recife: Bagaço, 2002. (ISBN 85-7409-335-1)
6 - Coroa de sonetos da Via Sacra. Recife: Paulo Camelo, 2003.
7 - Coroas de sonetos a quatro mãos. Recife: Paulo Camelo, 2003. (Em coautoria com Lisieux Souza.)
8 - Pequeno glossário etimológico médico. Recife: Paulo Camelo, 2003.
9 - Glosas, sonetos e outros poemas. Recife: Paulo Camelo, 2004. (ISBN 85-904262-1-1)
10 - O ritmo no poema. Recife: Paulo Camelo, 2004. (ISBN 85-904262-2-X)
11 - Sopotocas. Recife: Paulo Camelo (Impressão: Barreto), 2007. (ISBN 978-85-904262-3-3)
12 - A história do gringo e do vendedor de bode. Recife: Paulo Camelo, 2007. (ISBN 978-85-904262-4-0)
13 - Tresafio. Recife: Paulo Camelo, 2009. (Em coautoria com Carlos Severiano Cavalcanti e Rosa Lia Dinelli.) (ISBN 978-85-904262-5-7)
14 - Inibido canto. Recife: Paulo Camelo, 2009. (ISBN 978-85-904262-6-4)
15 - Trovas. Recife: Paulo Camelo, 2009. (ISBN 978-85-904262-7-1)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Canto da Lira

Cornetins e trombetas
anunciam o festim
alegrias em letras
piruetas em flautins 


aos confins, violetas
libertando serafins
eflorescem no jardim
alecrins, borboletas






NO TEMPLO DO TEMPO



'''The Ocarina of Time opened the door.
The Hero of Time, with the Master
Sword, descended here.'' 1
Nintendo. The Legend of Zelda: Ocarina of Time  









Templo do tempo, lúcido transporte
Onde o pequeno moço da floresta,
Nosso herói, ganha vida, fica forte
E recebe a coragem alta e honesta.

Sete anos, sete luzes, sete mundos...
A princesa se afasta do rapaz...
Cruel destino, lépido e fugaz!
Sete anos, sete luzes, sete mundos...

A espada bate, brilha no combate...
Em ti, quanta coragem sábio novo!
A coragem rebate, brilha e bate...

O jogador escreve bela história
E revela pra todo o nobre povo
Poder, saber, coragem: grande glória!



¹ Retirado do jogo de video-game The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Tradução Livre: “A Ocarina do Tempo abriu a porta. O Herói do Tempo, com a Espada Mestra, surgiu aqui”. N. A.

Rommel Werneck

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MÁXIMAS OU AFORISMOS

(Paul Delvaux)



193

Há no amor algo de divino e demoníaco. Nunca apreendemos o outro, somente nossas considerações afetivas.


194

No sexo, o silêncio do espírito ressoa as contrações da carne.


201

No corpo feminino todo caminho é revés.


203

O essencial: dos sonhos a vida reivindica somente os despojos.


209

No sexo, o pudor é o estigma pelo qual o espírito ainda faz-se pulsar.

168

No coito não se preside o espírito, apenas a natureza.


164

No sexo a carne transfigura o espírito submetendo-o. Assim, os mais íntimos desejos prevalecem sobre a moralidade e o animal vence a civilidade.


156

Coito: cilício da queda.


157

As sinuosidades do corpo: premissas do amor.


147

Amor: cobiça do corpo.

148

Amor: anelo do coito.


133

Não compete aos deuses a dádiva do gozo.


134

No ofício do amor os corpos transgridem o espírito.


22

A essência das coisas reside no âmbito do desejo. Envolta no manto de nossas vaidades, as coisas quando despidas, pouco ou nada significam.


Hilton Valeriano

Desterrado

Eu lembrei como é fria a água do Tejo
e um respingo na pele é de doer.
Mas eu volto p'ra lá e eu antevejo
o inverno, um inferno a me acolher.

Quem ouviu a canção do realejo
e o velhinho querendo o de comer?
Eu, bondoso, depus só para o queijo
pois o vinho exalava e de doer!

Desterrado esperava pelo ensejo
de voltar e em casa não sofrer
pelos erros que fiz e não mais vejo.

Uma porta se fecha e logo vejo
a janela se abrir, pra me acolher
e feliz criarei novo desejo.


Ronaldo Rhusso

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Já era!

Toda a dor do infinito prazer
eu senti quando eu nem conhecia
essa força envolvendo o meu ser
e doía algures, doía...

Se eu dormia após a investida
era fato não ter consciência
ou noção do vazio sem medida
a cobrir-te, ó querida, paciência!

Hoje amante maduro e viril
acossado por tua ausência
apalpando almofadas ao lado

compreendo esse algoz, o vazio...
Ai! Amor, dá-me tua clemência.
Era tão bom por ti ser amado....

Ronaldo Rhusso

Descansei...

De tanto arengar co'essa pirraça
achei de cansar meu lombo duro
e o escuro me foi dia da caça.
Tentei me escorar em qualquer muro

e o peso de mim deixou sem graça
a sebe que quis tirar-me o apuro.
Joguei esse lombo numa praça
à espera de um cômodo seguro.

O sono não vinha... Era por medo?
O degredo vil, nele aportei...
Mereci? Não sei. Mas aceitei.

Alguém disse: "— Vate ainda é cedo!
Vais ouvir um nada, um arremedo"?
Concordei e aqui vim, descansei...

Ronaldo Rhusso