quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Desterrado

Eu lembrei como é fria a água do Tejo
e um respingo na pele é de doer.
Mas eu volto p'ra lá e eu antevejo
o inverno, um inferno a me acolher.

Quem ouviu a canção do realejo
e o velhinho querendo o de comer?
Eu, bondoso, depus só para o queijo
pois o vinho exalava e de doer!

Desterrado esperava pelo ensejo
de voltar e em casa não sofrer
pelos erros que fiz e não mais vejo.

Uma porta se fecha e logo vejo
a janela se abrir, pra me acolher
e feliz criarei novo desejo.


Ronaldo Rhusso

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