quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MÁXIMAS OU AFORISMOS

(Paul Delvaux)



193

Há no amor algo de divino e demoníaco. Nunca apreendemos o outro, somente nossas considerações afetivas.


194

No sexo, o silêncio do espírito ressoa as contrações da carne.


201

No corpo feminino todo caminho é revés.


203

O essencial: dos sonhos a vida reivindica somente os despojos.


209

No sexo, o pudor é o estigma pelo qual o espírito ainda faz-se pulsar.

168

No coito não se preside o espírito, apenas a natureza.


164

No sexo a carne transfigura o espírito submetendo-o. Assim, os mais íntimos desejos prevalecem sobre a moralidade e o animal vence a civilidade.


156

Coito: cilício da queda.


157

As sinuosidades do corpo: premissas do amor.


147

Amor: cobiça do corpo.

148

Amor: anelo do coito.


133

Não compete aos deuses a dádiva do gozo.


134

No ofício do amor os corpos transgridem o espírito.


22

A essência das coisas reside no âmbito do desejo. Envolta no manto de nossas vaidades, as coisas quando despidas, pouco ou nada significam.


Hilton Valeriano

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